O vento forte
que apaga a vela,
sacode o pé
de siriguela.
sacode o pé
de siriguela.
O vento forte
que apaga a vela,
invade o quarto
pela janela.
invade o quarto
pela janela.
E ela me olha...
como quem olha
o beijo da novela.
O vento forte
que apaga a vela,
sopra o fogo
que esquenta as panela.
que esquenta as panela.
O vento forte
que apaga a vela,
balança a rede
balança a rede
comigo e com ela.
E ela me olha...
como quem olha
a pintura da tela.
O vento forte
E ela me olha...
como quem olha
a pintura da tela.
O vento forte
que dança com o saco,
no céu opaco.
no céu opaco.
E a cara dela debaixo
do meu sovaco.
O vento forte
que apaga a vela,
espanta as mosca
espanta as mosca
da nossas canela.
O vento forte
que apaga a vela,
faz do lençol
a nossa cela.
E ela me olha...
como quem olha
o santo na capela.
O vento forte
que apaga a vela,
espanta de nós
toda mazela.
toda mazela.
O vento forte
que apaga a vela,
ainda arrupia
sua pele amarela.
E ela me olha...
como quem olha
para o olho dela.
O vento forte
E ela me olha...
como quem olha
para o olho dela.
O vento forte
que dança com o saco,
no céu opaco.
no céu opaco.
E a cara dela debaixo
do meu sovaco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário