sábado, 30 de agosto de 2008

Maracatu Vigna Vulgaris - O Regional Pelo Universal e o Universal Pelo Regional (2008)

Banda cearense lançando novo disco que representa as tendências estéticas musicais e culturais do Estado representativo.

Vale conhecer o som! Trazendo algumas composições do já nobre e conhecido Pingo de Fortaleza, a banda mesclas os sons de sua terra com outros que já entoam a tempos mundo a fora. Destaque para a composiçao Maculelê, que já se tornou necessária nos shows da Vigna.

Maracatu Cearense, Lóas e Reizados misturado ao Rock dentre outros estilos. Esse álbum é realmente o regional pelo universal e o universal pelo regional.

Maracatu Vigna Vulgaris - O Regional Pelo Universal e o Universal Pelo Regional
Paret 01:
Parte 02:

Lista:
01 - Açaizeiro Popular
02 - Afroporinbras ou Préludio do Renascimento
03 - Baião Rock do Preto Velho
04 - Beato José Lourenço
05 - Besouro de Madagascar
06 - Dia de Festa
07 - Filhos do Caldeirão
08 - Guaramiranga ou Gen Recife
09 - Maculelê
10 - Maracatu Estandarte
11 - Maracatu Vigna Vulgaris ou Corda de Mulatinho
12 - Sirí-Ará

Validuaté - Superbonder

Banda piauiense muito boa para quem gosta de uma música swingada bem nacionalista.

Validuaté é banda boa com música pra dançar até o Sol raiar.

É a música brasileira. É Cultura Tupiniquim!

Traça_02: Macunaíma - Mario de Andrade

Se teu moleque algum dia vier pra ti com uns argumentos industrializados de "- Pai, lê uma história pra dormir?", não negue esse pedido embreado de futilidades copiada porque ele viu na televisão e pareceu algo de bom fundamento. E na real, é. Só que ao invés de você ler histórias futéis como Branca de Neve ou Cinderela, leia Macunaíma.

Grande obra de Mario de Andrade, este que fôra um dos grandes nomes da Semana de Arte Moderna de 1922, escrita em uma semana (contudo, o autor já havia estudado tudo que se relacionava ao que a história aborda). Relata a história de um índio (Macunaíma) que descendia da tribo dos Tapanhumas e que já, desde pequeno, se mostrava esperto, mas ao mesmo tempo preguiçoso e que começa a explorar o Brasil e suas culturas e crenças.

Quem assistiu o filme com o saudoso Grande Othelo como protagonista sabe que o conto é bom e que não se pode ficar sem dar uma risada.

Se você assistiu o filme, isso é bom. Mas se não, leia primeiramente o livro e tenha sua própria visão deste clássico. Você não vai se arrepender!

P.S.: Deêm valor ao que é nosso. Não se deixem levar por estrangeirismos!

Ficha Técnica:
MACUNAÍMA - O Héroi Sem Nenhum Caráter
Autor: ANDRADE, Mario de
Editora: Villa Rica Editora
Assunto: Literatura Brasileira - Romance

domingo, 24 de agosto de 2008

Dr. Fantástico (Dr. Strangelove or:... ) - 1964

Clássico filme de Stanley Kubrick, de 1964, onde é contada a história de uma "guerramalentendida" entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética (E aí, Guerra Fria?). O diretor sabiamente optou por filmar esta comédia de um Humor Negro bastante inteligente em preto e branco onde é relatada a loucura de um General norte-americano de querer lançar uma bomba atômica no país soviético. Uma cena clássica e memorável do filme é a imagem Slim Pickens de chapéu de cowboy montando em cima do míssil que fôra nuclear, em direção a URSS, como se estivesse domando um touro.

Este papel foi, iniciamente, dado ao comediante Peter Sellers junto a mais três. Contudo o autor recusou alegando uma fratura no braço que impossiblitava-o de realizar o papel. Porém, Sellers representou muito bem os outros três papéis a que fôra requisitado: Capitão Lionel Mandrake, um oficial britânico em serviço nos EUA; Presidente Merkin Muffley; Dr. Strangelove, um deficiente físico ex-nazista, perito em guerra nuclear.

Dr. Fantástico, ou originalmente Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb é um filme que podemos levar a outras perspectivas mais sociais e analisarmos o fato do descontrole dos Estados Unidos, como potência maior, a querer afligir nações pequenas e que possam ser consideradas como “pedras nos sapatos”. Este filme é de 1964, mas tem características bastante atuais a serem relatadas.

O Iraque que o diga!!!

http://www.myspace.com/...

... Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz. Essa dupla curitibana mostra um trabalho muito bom contando com bastante influência da musicalidade brasileira. Uns podem vê-los como uma dupla desta safra do que vem a ser chamado de Nova MPB, mas esqueçam os rótulos por um instante e ouçam-os como artistas. Aliás, como bons artistas.

Temos que dar valor ao que temos, pois a nossa cultura é riquissíma, diversa e criativa. Somos uma nação desbravadora capaz de desbancar qualquer produto estigmatizado que a Indústria Cultural expelir.

A questão é: Você pensa ou deixe os outros pensarem por você.

Escute Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz!

A Coruja e o Cassacu

por Guto Rafael

A noite chega rastêra,
cheia de sombra nos mato.
Coruja chega facêra
de ôio no véi cassacu.

Mas cassacu sabido
só sai da toca ligado.
Coruja só dá perdido.
Quando viu, já tá no buraco.

Prestando muita atenção
pra vê se pega um abestado.
A coruja com frivião,
peleja, mas só dá errado.

E eu bato uma aposta,
que no fim do tocado,
a coruja fica na bosta
e o cassacu é coroado.

Coruja que quase acerta
não aprende com o errado.
Já outra vez, tá na merda,
mas não desiste do prato.

E é nesse pega num pega
que se dá esse contado.
Até hoje a coruja se aprega
no rastro desse cassacu.

sábado, 16 de agosto de 2008

Inez

por A Lenda

Inez Sanidade,
tô morrendo de saudade do teu quero bem.
Do teu quero bem...

Parafuso que se solta
não dá pra apertar.
Não dá pra apertar. Não dá pra apertar.

O juízo que não volta
se perde no ar.
Se perde no ar. Se perde no ar.

Inez Sanidade,
tô morrendo de saudade do teu quero bem.
Do teu quero bem...

A camisa que me envolta
só faz me coçar.
Só faz me coçar. Só faz me coçar.

O doutor que me molda
só vai se cansar.
Só vai se cansar. Só vai se cansar.

Inez Sanidade,
tô morrendo de saudade do teu quero bem.
Do teu quero bem...

Quando bate a revolta
eu quero cantar.
Eu quero cantar. Eu quero cantar.

E não vai ter escolta
pra me segurar.
Pra me segurar. Pra me segurar

Inez Sanidade,
tô morrendo de saudade do teu quero bem.
Do teu quero bem...

Ensaio - Nação Zumbi

Áudio do Programa Ensaio da TV Cultura com a banda pernambucana Nação Zumbi falando um pouco de seu último trabalho - Fome de tudo - e de seu passado dos tempos de Chico Science.

Programa muito bom. Não tem muito que falar. Nação Zumbi excepcional como sempre tirando covers de Jorge Ben (O homem da gravata florida) e de Sibá & A Fuloresta (Bringa).

Queria agradecer ao Fábio Ribeiro, da Comunidade do Orkut: Chico Science & Nação Zumbi, por ter disponibilizado o programa em audiovisual e ao lendinha-quetantomeauxilia-, Guto Rafael pelo trabalho de extrair, converter e cortar o áudio para MP3 (O MP3 salva!!!).

"Deu trabalho, mas foi prazeroso!" - Palavras de Guto Rafael sobre este trabalho de conversão.

Não duvido disso, pois como já dizia Fabíola: "Nação é Nação!"

Ensaio - Nação Zumbi
Parte 01:
Parte 02:

Lista:
01 - Bossa Nostra
02 - Testemunhal
03 - Hoje, Amanhã e Depois
04 - Testemunhal
05 - Toda Surdez Será Castigada
06 - Testemunhal
07 - Bringa
08 - Testemunhal
09- Maracatu de Tiro Certeiro
10 - Testemunhal
11 - Manguetown
12 - Testemunhal
13 - O Homem da Gravata Florida
14 - Testemunhal
15 - Memorando
16 - Testemunhal
17 - Da Lama ao Caos

sábado, 2 de agosto de 2008

Para um Rei, sem festejos...

Hoje completa-se 19 anos que Luiz Gonzaga não algazarra por aqui com suas letras e músicas tão capciosas como preciosas e maestrais que o garantiram de ser o Rei do Baião. Este pernambucano, natural de Exu, município localizado no sopé da Serra do Araripe, faleceu em 02 de Agosto de 1989, já debilitado pela pneumonia. Grande musico e um dos responsáveis pela implementação da música nordestina e suas raízes ao cotidiano da nação, Luiz Gonzaga até hoje é visto como referência não só por artistas de seu mesmo estilo, mas também por outros que seguem outras tendências.

Contudo o que me intriga é o fato de tão grandessíssimo artista não ter tido, este ano, uma homenagem a sua altura. Para a lembrança não ficar vaga; acabando no vazio, apenas uma missa será realizada para este durante esta data. O que me mata de vergonha, pois aqueles que fizeram tanto que apareceram, conquistaram seu lugar tanto que angariaram seu real valor, acabam assim, no esquecimento. Vejo que hoje a memória de Luiz Gonzaga está sendo apagada por Forrós Eletrônicos, Technobregas, Swingueiras e Micaretas em geral.

Tenho orgulho de ser brasileiro, mas às vezes o povo me mata de vergonha por não darem valor ao que vem a ser de nossa cultura para com nossos valores e despreza tais conceitos para só curtir festas, encher a cara sem noção alguma, contar quantas meninas beijou numa noite e fuder sem camisinha. Isso pra mim não é coisa de garotão nem de pegador geral.É coisa de babaca! É coisa de Zé Ruela!