quarta-feira, 23 de julho de 2008

Experimentar o experimental… (não é para todos!!!)*

Artigo escrito por Augusto "Guto" Rafael

No último Sábado, dia 19/07, fui ao Centro Cultural Sesc Luiz Severiano Ribeiro - o antigo Cine São Luiz - com o intuito de conferir o longa Praia do Futuro onde foram apresentado como uma junção de 17 curtas sobre a temática. Logo nas primeiras amostras do filme notei que os cineastas queriam passar uma visão diferenciada da Praia do Futuro; uma visão experimental de como fazer cinema.

Só quiseram porque de experimental não tinha nada. Não assisti a todos os curtas porque estavam mesmo muito ruins.Os diretores quiseram inovar e difundir uma idéia de “Cinema Novo” - fazendo apologia ao que já fez Glauber Rocha talvez - transformando a película em um experimentalismo, mas só conseguiram atingir o pico de experimerdalismo. Fôra proposta umas idéias viajantes para a construção dos curtas, mas nem todo mundo é capaz de tal proeza. Nem todo mundo é capaz de fazer experimentações e/ ou inovações. Não assisti ao filme todo porque de tortura já basta a vida. Sai antes do final da amostra. Fiquei pela Praça do Ferreira afim de assistir o show da banda Cidadão Instigado. Em tal espera acabei me encontrando com o professor Ricardo Salmito que foi mais corajoso e tolerante do que minha pessoa para assistir o filme. Em uma troca de idéias rápida, ele me disse que também não tinha gostado muito; que nem todo mundo é capaz de fazer algo experimental. Concordo plenamente! Para a construção de algo experimental é necessário um estudo e um conhecimento aprofundado (quase que antropológico) sobre o material que se pretende fazer. Pelo menos a banda Cidadão Instigado iria tocar de graça.

Mas o que mais me aflige é o fato de que nós, o povo cearense, somos pessoas bastante criativas e capazes de fazer e/ ou criar um experimentalismo que tenha conteúdo e um conceito que possa ser entendido e suprido pelas massas. Porém, aqueles que soam como os mais capazes não têm a mínima condição de expor suas idéias para o público. Cabe tal função para os “filhinhos de papai” arremeterem, pois estes são os que tem condições e paitrocínios para bancar suas brincadeiras de Cinemas Novos ou Tropicalismos ou Dadaísmos.

O que faltam de incentivos e patrocínios para os mais capazes, sobra de lama para os metidos.

*Este artigo foi retirado do blog Potó quer ser publicitário
http://potopublicitario.wordpress.com/

Um comentário:

Déo Cardoso disse...

Experimerdalismo...ótima alcunha pra esses cocôs que aparecem de vez em quando (e cada vez mais frequentes)...

Cara, Cinema precisa se comunicar...no mínimo...

e se acham OS CARAS e AS MINAS... tu tem que ver... já fiquei num bar com alguns deles... papos insuportáveis... manda esses filmes pro bom jardim q a galera joga bosta na tela....

:-Déo