artigo escrito por Guto Rafael
Depois de 4 anos vamos ter que esperar mais 4 anos. O hexa não veio dessa vez. Perdemos a batalha e nossos “heróis” voltam derrotados. Nossa “liga canarinho” fora derrotada. Achei que íamos ganhar esse ano e que nossa seleção seria um time que ganha Copa-sim, Copa-não. Mas ela não é! Cabe esperar sucessores mais “poderosos” para que conquistemos a vitória. Mas por que damos tanta ênfase ao futebol? Simples! Futebol é a única coisa no mundo todo em que somos bons – temos o Rei, o único 5 vezes campeão, vários jogadores foram os melhores, história de tristezas e penúria transformadas em glória (esses fatos vendáveis) etc. – e para não ficarmos com um mísero papel minguado de país subdesenvolvido, necessitamos a todo custo manter esse título. Enquanto muitos países se destacam através de seu sistema econômico, das artes, das novas tecnologias, de suas belezas naturais; nós nos destacamos através de artes que fazemos com os pés.
Agora cito Francisco de Assis França, já conhecido (e saudoso) Chico Science, quando disse “Computadores fazem arte. Artistas fazem dinheiro”. Frase que mais se adequada a esse artigo que vos escrevo. Se nossos jogadores são artistas capazes de fazer obras mais belíssimas dentro de um campo de futebol (no caso, o drible desconcertante e bonitos gols), seus trabalhos não são mais produtos de um futebol-arte, e sim de futebol-negócio. Já o tempo que se jogava futebol pra levar o time à vitória e a taça pra casa. Hoje, se joga futebol única e exclusivamente pelo ca$h, pela bufunfá. Mas a culpa é dos nossos “heróis”? Não! A culpa é de quem enche o espírito dos homens com tanta ganância. Eles não têm juízo de uma sapiência sobre negócio. Negócio para eles é jogar futebol.
Nos resta agora aguardar mais 4 anos para que a próxima geração de “salvadores da Pátria” conquiste manter o Brasil no padrão de país subdesenvolvido que se vangloria de ser um país de “heróis” que não pensam em usar camisinha quando vão pra cama com as amantes, que posam ao lado de traficantes com armas na mão, que cometem assassinatos estúpida e friamente. São esses nossos “heróis imaginários” que tanto espelham a nação. São esses nossos “heróis” que pensam com os pés.
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